sexta-feira, 14 de junho de 2013

VEJA NA TV PSI: FILÓSOFOS & EDUCAÇÃO - SÓCRATES + PLATÃO+ ARISTÓTELES (Vol.1)

VEJA NA TV PSI: SANTO AGOSTINHO E SÃO TOMÁS DE AQUINO

VEJA NA TV PSI: SER OU NÃO SER? FOUCAULT E AS RELAÇÕES DE PODER

VEJA NA TV PSI: GLOBO CIENCIA - MICHEL FOUCAULT

Veja na TV PSI: Michel Foucault Por Ele Mesmo - (Michel Foucault Par Lui Même)

VEJA NA TV PSI: BIOGRAFIA DE SIGMUND FREUD.

Veja na TV PSI: La Interpretación de los Sueños de Freud

Veja na TV PSI: La sexualidad desde el comienzo de la vida.

VEJA NA TV PSI: EXPLICACIÓN DE SIGMUND FREUD SOBRE LA SEXUALIDAD INFANTIL

Veja na TV PSI: Documentário de Psicología - Sigmund Freud - Análise de uma Mente (español).avi

Historia de la Psicología

quinta-feira, 13 de junho de 2013

CURSO DE MEMORIZAÇÃO COMPLETO COMPLETO-1/6

EDUCAÇÃO E VIDA - OS SETE SABERES NECESÁRIOS PARA À EDUCAÇÃO DO FUTURO

ASSISTA NA TV PSI: VALE A PENA VER DE NOVO! VÍDEO: REVOLTA DA DEPUTADA CIDINHA CAMPOS COM OS POLÍTICOS CORRUPTOS


terça-feira, 11 de junho de 2013

**SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO

                                                        **Sensação e Percepção**



Sensação: impressão produzida nos órgãos dos sentidos pelos objectos exteriores e transmitida ao cérebro pelos nervos; excitação; comoção moral; sensibilidade.


Percepção: ato ou efeito de perceber; combinação dos sentidos no reconhecimento de um objecto; recepção de um estímulo; representação intelectual; ideia; imagem; recebimento;


Podemos dizer então, que sensação é um processo que antecede a percepção. A sensação é o processo de recebimento das informações, como sentimos no primeiro momento as interferencias sejam elas externas ou internas, percepção é a segunda etapa, pois, organiza as informações que recebemos, a percepção depende de quatro operações:
1-detecção
2-transdução
3-transmissão
4-processamento da informação

***Os sistemas sensoriais detectam a informação, convertem-sa em impulsos nervosos, processam a maior parte e enviam para o cerebro.


Tivemos uma aula um tanto inusitada, porém, que facilitou a compreensão do conteúdo, durante a aula, uma goteira surgiu na frente da lousa, a intensidade com a qual os pingos caiam aumentou, até que o teto de gesso desabou.

Como percebemos o que estava acontecendo? detectamos o barulho de algo liquido caindo no chão, então as vias nervosas que ja traduziram a informação recebida, envia-a ao cerebro, que processa a informação, nos permitindo identificar que o que estava acontecendo, era uma goteira.


As informações são recepcionadas pelo nosso corpo através dos aparelhos sensoriais, são eles:

  • Visual - como enchergamos tudo ao nosso redor,
  • Auditivo - como escutamos os sons,
  • Somato-sensorial - como sentimos o mundo ao redor, como calor, frio, macio, etc...
  • Quimico - paladar (sabor) e olfato (cheiros)
  • Proprioceptivo - O mais complexo aparelho sensorial, que nos permite saber a posição de nosso corpo, o controle de nossos movimentos.

A perceção esta muito ligada a memória, pois são as experiências anteriormentes vividas, a lembrança de algo que ja conhecemos ou vivemos que agiliza o processo da percepção, exemplo:

Se uma pessoa tem a sensação visual de um objeto arrendondado, vermelho e com parte de seu corpo enegrecido, somente será percebido como uma maçã podre se a pessoa souber antecipadamente o que é uma maçã, e dentro deste conhecimento, souber ainda que maçãs apodrecem e quando apodrecem, adquirem certas caracteristicas perfeitamente compativeis com o estimulo sentido.

Isto explica o bloqueio, traumas, que determinadas pessoas apresentam, em relação ao toque por exemplo, uma criança que sofreu ou sofre agressão fisica, consequentemente apresentará resistencia ao contato fisico em geral, nós, futuros profissionais da Ed Fisica, temos que estar atentos a estes sinais, entendermos como e porque isso acontece para conseguirmos ajudar estas crianças.

Psicologia – Ciência e Senso comum – Algumas questões

                         O que é conhecimento científico?

Os problemas que envolvem as definições de ciência, bem como sua estrutura, função e validade, ou seja, problemas epistemológicos, apresentam-se desde Platão. O filósofo grego, ao opor a opinião – dóxa – ao conhecimento verdadeiro – conhecimento alcançado através da noésis -, hierarquiza o conhecimento e deixa evidente o problema da relação existente entre os dois tipos de conhecimento, além de outras consequências metafísicas. Já a diferenciação entre conhecimento científico e conhecimento do senso comum é de difícil determinação histórica, todavia a qualificação do conhecimento aparece já em Hesíodo – escrita mais ligada à vida no campo, escrita voltada para o senso comum – e em Homero – escrita voltada para pessoas de educação aristocrática. Esta problemática cisão receberá várias interpretações e hipóteses divergentes.
 O desenvolvimento da epistemologia foi associado ao progresso científico do século XIX. Um importante teórico que trata do problema de definir a ciência e fazer a oposição da mesma com conhecimento advindo do senso comum, foi o filósofo francês Bachelard. Ao analisar o “espírito científico” e seu desenvolvimento e, mais importante ainda, ao buscar definir quais eram as condições para a formação do “espírito científico”, Bachelard diz da necessidade de ruptura com os preconceitos, com a ideologia, com a opinião e com a idolatria – os quais ele designa por “obstáculos epistemológicos”. Deste modo, seguindo o raciocínio do autor francês, a experiência não pode vir acima e antes da crítica, e assim, ele descreve as três etapas para a formação do espírito científico: primeiramente, o espírito se ocupa das primeiras imagens do fenômeno, exalta a natureza, evidencia tanto a unidade quanto a pluralidade no mundo. Este é o estado concreto. No segundo estado, esquemas geométricos são agregados às experiências físicas. Este é o estado-concreto – abstrato. No terceiro estado, “o espírito adota informações voluntariamente subtraídas à intuição do espaço real, voluntariamente desligadas da experiência imediata e até em polêmica com a realidade primeira, sempre pura e informe” (GERMANO, 2010, p. 120).
Apesar dos conflitos existentes entre as várias e diversas epistemologias, podemos concluir – através da contribuição de todos os autores, mesmo que divergentes – que o conhecimento científico é um conhecimento embasado no rigor científico, isto é, embasado em um método científico o qual deve objetivar por descobrir, descrever e estabelecer a relação de causa e efeito de um determinado fenômeno e deve fazê-lo de modo válido, ou seja, deve seguir o critério de neutralidade – isto significa que o pesquisador deve abandonar suas conclusões pessoais perante o objeto investigado.

 O que é conhecimento do senso comum?

Conforme já expusemos na questão anterior, o problema do conhecimento do senso comum aparece quando há a cisão do conhecimento em duas categorias: conhecimento científico e conhecimento do senso comum. O conhecimento do senso comum é produzido no meio social através da vivência histórica. Caracteriza-se pela ausência de método; é um conhecimento direcionado para a prática e que adquire valor de verdade no interior do meio social em que se encontra. Está intrinsecamente ligado ao sistema de crenças do meio social e cultural do sujeito. O conhecimento do senso comum é um conhecimento intuitivo e seu critério de verdade não é universal, ou seja, varia de acordo com a crença e com a cultura de cada pessoa.

 Ciência X Senso Comum: Um modo de conhecimento é mais importante que o outro?

Acredito que cada modo de conhecimento tenha uma utilidade dentro do contexto no qual se insere: o conhecimento científico se insere em um contexto de pesquisas científicas (as quais preconizam método e argumentos capazes de validar as hipóteses formuladas), em contextos acadêmicos, enquanto o conhecimento social encontra-se inserido no meio sócio – cultural. O conhecimento adquirido através do senso comum pode ter grande utilidade durante o processo de formação de um aluno, já que pode servir de ponto de partida. Tomemos um exemplo: os povos egípcios e mesopotâmicos já possuíam o conhecimento, mesmo sem comprovação científica, de que o sal na carne do peixe a conservava por mais tempo para que pudesse ser comercializada. Durante uma aula de química, ao explicar o processo químico da osmose – descoberta feita por René Dutrochet, em 1827 – o professor pode partir desse conhecimento que já se fazia presente no conhecimento do senso comum desde os povos antigos  para um pensamento mais complexo, que exija maior abstração. Acredito que o conhecimento  adquirido do senso comum é relevante quando utilizado como objeto de crítica e questionamento. Vale ressaltar que o conhecimento do senso comum liga-se à seu tempo histórico, diz das crenças e dos valores sociais referentes a este tempo histórico. Esta categoria de conhecimento reflete também, à partir da difusão da imprensa e da Reforma protestante (que deram incentivo para alfabetizar não só pessoas das classes dominante; o que, consequentemente, acarretou a maior qualificação do senso comum) a qualidade do conhecimento produzido pelo senso comum, isto é, se houve melhoria na educação das pessoas que não fazem parte de nenhuma classe dominante.
Deve-se ter em mente, que cada uma das categorias de conhecimento assume um diferente estatuto diante de diferenciados métodos de análise e, muitas vezes, tentam analisar o mesmo objeto.

Por que a Psicologia é reconhecida como ciência? A Psicologia utiliza conhecimentos do senso comum?

Para responder tal questão, temos de citar o fundador do positivismo, Comte. O filósofo desenvolveu a ideia de ciência e definiu os critérios para que um conhecimento seja tomado por científico, durante a Modernidade. Todos os conhecimentos que tinham respaldo em crenças humanas eram alvo da crítica de Comte. Assim, o único tipo de conhecimento tido como verdadeiro era o conhecimento científico – o qual não considerava o conhecimento do senso comum verdadeiro por não ser classificado como científico. O conhecimento produzido em laboratório era considerado científico por essa corrente de pensamento. Assim, o fenômeno da natureza observado pelo pesquisador deveria ser reproduzido em laboratório para que o conhecimento construído acerca deste pudesse ser verificado e, posteriormente, considerado verdadeiro.
 Ademais, a psicologia buscou na teoria positivista respaldo para afirmar sua cientificidade. Wundt foi o fundador do primeiro laboratório de Psicologia em 1879. Assim, a Psicologia tornou-se ciência, pois fazia experiências que respeitavam os critérios comtianos. O experimento de Wundt com o metrônomo, tendo como método científico a introspecção analítica, mostrou a possibilidade de se descrever as impressões psicológicas relacionadas aos estímulos externos. Assim, ficou demonstrado por ele que as sensações cotidianas poderiam ser recriadas em laboratório seguindo os critérios da ciência positivista.
A Psicologia, enquanto definida como ciência que tem por objeto o estudo do homem considerando seus aspectos psicológicos, sociais, biológicos e seus variados modos de expressão, usufrui do conhecimento do senso comum para analisar pensamentos, reações, sonhos, linguagem e comportamento. Não obstante, o psiquismo humano, além de se formar de modo individual, relaciona-se fortemente ao meio no qual o sujeito está inserido.
O positivismo foi uma corrente teórica que criticava todos os conhecimentos baseados em crenças humana?
Concordo com a visão positivista quando utilizada no campo da Física, da Química, da Matemática, da Geometria, ou seja, das Ciências Exatas, de modo geral. Todavia, acredito ser pouco possível que haja o critério de neutralidade quando questões são colocadas, por exemplo, no campo da Historiografia – onde muitas hipóteses são formuladas e pouquíssimas podem ser verificadas dentro dos padrões positivistas. Deste modo, o positivismo propõe uma noção de ciência e  critérios da mesma que não podem ser válidos para algumas disciplinas, como por exemplo, na História.

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Sensação e Percepção (resumão)


AvisoEste resumo de nada serve sem o acompanhamento das aulas e o estudo do conteúdo dos livros. A finalidade deste resumo é servir como ferramenta de memorização e fácil acesso às informações já conhecidas e compreendidas no contexto de aula.

Sensação:

Estímulos captados do ambiente por meio dos aparelhos sensoriais que são codificados como sinais neurais.
Obs.: além dos cinco sentidos tradicionais (visão, audição, tato, paladar e olfato), também dispomos de outros sentidos, tais como: propriocepção e cinestesia, que nos indicam a posição e a aceleração relativa do nosso corpo; termocepção, relativo à temperatura; nocicepção, relativo à dor; etc...

Transdução:
É o processo pelo qual nossos sentidos convertem a energia de um estímulo em mensagens neurais.

Percepção:
Processo que envolve a seleção, a organização e a interpretação das informações captadas pelos sentidos.

Dica: lembrar do termo sensopercepção -> primeiro vem a sensação, que é a captação dos estímulos, depois a percepção, que é o processamento da informação.

Processamento do tipo inferior ou ascendente (bottom-up):
Quando é feita a análise partindo da captação do estímulo.

Processamento do tipo superior ou descendente (top-down):
A maneira como nossa mente (experiências, expectativas, estado emocional, etc) influenciam a captação e o processamento das informações captadas pelos órgãos sensoriais.

Limiares absolutos:
Energia mínima de um estímulo para ser detectado em 50% das vezes .

Teoria da detecção de sinais:
Preocupa-se com a seletividade e com a variação dos limiares absolutos nos indivíduos, tendo em conta seus contextos e estados físicos e emocionais, buscando relações de causalidade.

Estimulação subliminar:
Nosso limiar absoluto aponta para o limite de nossa percepção a um determinado estímulo sensorial em 50% das vezes, ou seja, deixaremos de detectar o estímulo na metade do tempo, mas na outra metade somos capazes de detectá-lo. Durante algum tempo foi explorada a capacidade de persuasão por meio de estímulos que permanecessem abaixo do limiar absoluto, passando desapercebidos para a maioria das pessoas na maior parte do tempo.
Enquanto podemos, em certas situações, ser influenciados pela estimulação subliminar de maneira sutil e fugaz, seus efeitos não são duradouros nem fortes o suficiente provocar grandes mudanças comportamentais ou cognitivas.

Limiar diferencial:
É a menor diferença necessária para que uma pessoa seja capaz de distinguir dois estímulos na metade das tentativas. Exemplo: a maioria das pessoas não conseguem distinguir entre a ponta de um ou de dois dedos repousados sobre suas costas (tato), ou o aumento de um peso que estão erguendo quando este é superior a um quilograma e lhe são adicionadas dez gramas.

Lei de Weber (ou lei de Weber-Fechner):
Proporção constante que aponta o limiar diferencial para um estímulo específico, ou seja, a relação entre a energia de um estímulo e a intensidade com que o mesmo é percebido.

Adaptação sensorial:
A redução de nossa sensibilidade para estímulos que não se modificam. Caso especialmente interessante é o dos olhos, que permanecem constantemente realizando movimentos imperceptíveis, que permitem a atualização daquilo que vemos.

Aparelhos Sensoriais:

Visão: 
Trata-se captação e processamento da energia eletromagnética que flutua em intensidade e comprimento de onda de raios gama, refletida pelos objetos que nos cercam. O comprimento de onda determina a cor, e a intensidade é determinada pela quantidade de energia contida nas ondas luminosas.
olho é um aparelho sensor de grande complexidade, formado pela córnea, que além de proteger o órgão também curva e decompõe a luz; pela pupila, abertura pela qual a luz passa, responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho e onde se dá o efeito de inversão da imagem (a imagem é projetada de cabeça para baixo na retina); o cristalino, que focaliza os raios luminosos na retina alterando sua curvatura em um processo chamadoacomodação; a retina, uma camada de neurônios especializados em captar a luz, sendo que sua parte mais sensível se chama mácula (ou fóvea), zona de cor mais escura na retina pela alta concentração de células, com maior definição de cores e formas que nas regiões periféricas.
acuidade visual é a precisão com que nossos olhos são capazes de captar os estímulos luminosos. Dentre as deficiências mais comuns nesta capacidade estão a miopia, responsável por um foco inadequado das imagens anterior à retina, e o astigmatismo, o oposto da miopia, onde a imagem chega à retina sem que o foco adequado tenha sido feito.
disco óptico é o ponto no qual o nervo óptico se conecta ao olho, sendo conhecido, também, como ponto cego - trata-se de uma zona desprovida de neurônios especializados na captação de estímulo luminoso.
Seguindo pelo nervo óptico, a informação visual passa por uma decussação, oquiasma óptico, onde a imagem captada pelo olho direito é transmitida para o hemisfério esquerdo e a imagem captada pelo olho esquerdo é transmitida para o hemisfério direito.
A imagem então viaja até o córtex visual, no lobo occipital, onde começa a ser processada na busca de padrões, movimento, etc. A medida que avança para a direção frontal, a informação visual é distribuída por estruturas especializadas nolobo temporal e no lobo parietal, passando por um processamento cada vez mais complexo que não apenas reconstrói a imagem como também lhe dá significado em nível consciente.
A complexidade do sistema visual o torna ideal para ilustrar o processamento paralelo que se dá no cérebro: diversas informações são processadas de diversas formas de maneira simultânea, em níveis conscientes e inconscientes, que integram formas, significados, linguagem e sentidos.
visão colorida é fruto de três tipos diferentes de cones especializados em diferentes comprimentos de onda, informação esta que posteriormente passa pelo processo oponente, onde as informações das cores captadas pelos cones são processadas aos pares, opostos. O fenômeno da constância da cor se dá pelo trabalho ativo do cérebro na percepção das cores, apresentando cores mesmo onde elas não deveriam mais estar evidentes, fenômeno semelhante se dá com o preenchimento do ponto cego da visão, por meio da informação periférica à tal ponto.

Para refletir: Em dias nublados a luz é filtrada pelas nuvens e o contraste diminui, mesmo que a intensidade se mantenha ou seja ampliada, desta maneira o vermelho parece menos vermelho, o verde parece menos verde, o azul parece mais azul e assim por diante, sendo que em algumas culturas tais dias são denominados dias cinzentos. Pessoas deprimidas também apresentam uma percepção de contraste de cores diminuída. Em um dia ensolarado uma pessoa clinicamente deprimida poderá ter uma percepção de cor diferente de uma pessoa saudável. Desta maneira, você acredita que a maneira como percebemos as cores podem afetar o nosso humor, da mesma maneira que o nosso humor pode afetar nossa percepção de cores? Nossa percepção de cores pode influenciar nossa vida psíquica? Poderá uma percepção deficiente das cores ser um dos fatores que influenciam o sugirmento de uma depressão?

O Movimento Behaviorista,o Movimento Psicanalítico, o Movimento Fenomenológico Existencial/ Humanista, o Movimento Transpessoal,

 ÁREAS DA PSICOLOGIA: Psicólogo Clinico, Psicólogo Organizacional ( atualmente Psicólogo do Trabalho ou Profissional da área de Recursos Humano / RH ), Psicólogo Orientador, Psicólogo Escolar –Psicólogo Experimental 

"The Doctor", por Sir Samuel Luke Fildes
“As ciências têm as raízes amargas
Porém os frutos são muito doces.”
Aristóteles


A palavra Psicologia deriva de dois termos gregos: O prefixo “psiquê” que  significa alma, eo sufixo -logia, derivado de “logos”, que significa estudo.

Segundo Platão, filosofo grego, a psiquê é a vida mental, interna do ser humano. Antes da palavra “Psicologia” , foi usado o termo “Pneumanton”, do grego Pneumato-logia ( vapor, respiração , espírito ) , para designar a parte da filosofia que tratava de “essência e natureza da alma” . (WOLFF, 1967)

As raízes da psicologia podem ser localizadas no quarto e quinto séculos A.C. - Os filósofos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles levantaram questionamentos e reflexões fundamentais sobre o funcionamento da mente.

Hipócrates, o “pai da medicina”, fez muitas observações importantes acerca de como o cérebro controlava outros órgãos. Alem deste, dar luz ao campo da biologia humana (anatomia, fisiologia), ele representa a primeira tentativa cientifica de compreender o cérebro na vida humana, tanto em sua função como em seu significado.

Aristóteles, descreveu muitas categorias de comportamento tais como a percepção dos sentidos, memória, as diferenças de raça , cultura etc.


Tais filósofos levantaram questões fundamentais como : As pessoas percebem a realidade? O que e a consciência ? As pessoas são capazes de exercer o livre arbítrio?


Tais indagações e muitas outras, tão importantes agora quanto há dois mil anos atrás, lidam com a natureza da mente e dos processos mentais - são precursoras da busca pelo conhecimento e da compreensão do funcionamento mental do ser humano. ( ATKINSON, 1995)


O interessante é que por mais clássica que seja, a palavra Psicologia (em seu uso conhecido atualmente) só surgiu no século XVIII, ou mais precisamente em 1734, quando Christian Wolff empregou este termo para significar uma disciplina, então , fazendo parte da filosofia . Sua “Psichologia Rationalis ” era aquela parte da filosofia que estudava a natureza e as faculdades da alma. (HEIDBREDER, 1981)


O filosofo e físico Gustav Fechner (1801-1887) havia mostrado como os métodos científicos podiam ser aplicados ao estudo dos processos mentais. No inicio dos anos 1850, Fechner interessou-se pela relação entre a estimulação física e a sensação, tendo ficado particularmente fascinado pela sensibilidade dos sentidos humanos. Quando o principal trabalho de Fechner, “Elementos de Psicofisica”, foi publicado em 1860, mostrou como podiam ser utilizados procedimentos experimentais e matemáticos para estudar a mente humana. Cerca de vinte anos mais tarde, um psicólogo alemão, Wilhelm Wundt, fundou uma disciplina a que chamou eventualmente de psicologia.


Assim, o verdadeiro fundador da psicologia como ciência foi Wilhelm Wundt ( 1832 – 1920 ) . Em 1879, na universidade de Leipzig , na Alemanha, Wundt criou o primeiro laboratório experimental de psicologia. Este foi o marco histórico da psicologia como a ciência. A psicologia separa-se da filosofia e torna-se ciência. (HEIDBREDER, 1981)


Wundt acreditava que os psicólogos deveriam investigar os “processos elementares da consciência” (experiência imediata), suas combinações e relações, da mesma forma que os químicos estudam os elementos fundamentais da matéria. Os psicólogos deveriam estudar a consciência humana as experiências sensoriais fazendo uso do método da introspecção analítica, na qual o psicólogo se concentrava em seus próprios movimentos psíquicos internos tentando descobrir e relacionar as estruturas que levam e causam a consciência.


Wundt tornou-se o líder do movimento conhecido como Estruturalismo. O estruturalismo tinha limitações óbvias – a introspecção era um processo obscuro e não confiável. Além disso excluía automaticamente do estudo as experiências de crianças e animais, pois estes não podiam ser treinados convenientemente. Os psicólogos estruturalistas consideravam fenômenos complexos, tais como pensamento, linguagem, moralidade e anormalidade como impróprios para os estudos introspectivos e, portanto, fora do alcance da ciência. Tendo em vista estas e outras falhas, novos movimentos surgiram para estudar e entender a mente humana. (DAVIDOFF,1983)


Enquanto a psicologia surgia como ciência, partindo da filosofia, outra ciência já mais antiga seguia seus próprios passos, influenciando de maneira considerável o futuro dessa nova ciência chamada psicologia – A psiquiatria, surgida a partir da medicina e, com sua origem moderna datada em 1793 com o médico Filipe Pinel, trouxe uma serie de idéias e metodologias para o campo da psicologia, principalmente à psicologia clinica e psicopatologia, por estas tratarem e lidarem com doenças mentais. A historia mostra que a maior parte das teorias psicológicas tem sido utilizadas no domínio da patologia ( em seu tratamento e busca por compreensão e cura ). Esta fornece não só um esclarecimento particularmente significativo do funcionamento psíquico, mas também elementos de verificação dessas teorias bem como seus domínios de aplicação. Assim muito dos métodos, técnicas e teorias que se tem em psicologia (principalmente as ligadas a doença mental) se basearam e ampliaram conceitos já existentes da psiquiatria ( Pode-se verificar isso atualmente nas áreas de Psicossomática, Psicologia Clinica, Psicopatologia, Psicofarmacologia, entre outras. )


Voltando ao assunto do surgimento da psicologia como ciência : William James (1842-1910), um dos mais influentes psicólogos norte-americanos, ensinou filosofia e psicologia na Universidade de Havard. James não se identificou com nenhum movimento. Seu “sistema” especial de psicologia evoluiu a partir de rigorosas observações de si mesmo e dos outros. Ele se opunha ao estruturalismo porque o via como artificial, limitado. A consciência, argumentava James, é pessoal e única e esta em continua mudança evoluindo com o tempo e sendo seletiva na escolha dentre os estímulos que a rodeavam e bombardeavam. James falava da capacidade do ser humano se adaptar ao seu ambiente.


Por estudar o funcionamento dos processos mentais para auxiliar o ser humano, esse movimento ficou conhecido como Funcionalismo e influenciou muito a psicologia norte-americana, tanto que muitos dos postulados do funcionalismo sobreviveram e se encontram incorporados a atual abordagem conhecida como psicologia cognitiva.


John Watson (1878-1958), psicólogo norte-americano que teve como orientador um professor funcionalista, resolveu fazer da psicologia uma ciência respeitável como as ciências físicas. Sentiu que os psicólogos deviam estudar o comportamento observável e adotar métodos objetivos. Em 1912, quando Watson começou a fazer conferencias e a escrever para difundir seus pontos de vista, nasceu o movimento conhecido como Behaviorismo ( que provem do inglês “behavior”, que significa comportamento). Este movimento teve muitos seguidores e teóricos que amadureceram e abrangeram a teoria dos comportamentos; provavelmente seu maior representante e estudioso tenha sido B.F. Skinner. ( LOMBARD-PLATET, 1998)

Os primeiros behavioristas aceitavam algumas teses básicas - os psicólogos deveriam estudar os eventos ambientais (estímulos) e o comportamento observável (respostas). Daí a formula S => R (O organismo e estimulado pelo meio e a partir disso tem uma resposta, um comportamento).
Os psicólogos behavioristas deviam visar a descrição, explicação, predição e controle do comportamento, assim como empreender tarefas praticas tais como aconselhamento de pais, legisladores, educadores e homens de negócios.
O enfoque behaviorista deu forma à psicologia moderna (psicologia experimental, métodos de pesquisa) e continua a exercer sobre ela profundo impacto.

Enquanto o behaviorismo floresceu na América, a psicologia da Gestalt ( “gestalt” vem da palavra alemã que significa forma, estrutura ou padrão ) crescia na Alemanha.

Os psicólogos da gestalt acreditavam que as experiências trazem consigo uma característica de totalidade ou de estrutura. A Gestalt surge também como forma de protesto contra o estruturalismo, visto como fraco por reduzir experiências complexas da natureza humana a elementos simples (em sua obsessão pela precisão e pelo comportamento observável, os behavioristas também foram culpados e criticados por essa pratica). (DAVIDOFF,1983)

O movimento da Gestalt teve vários representantes, incluindo Wolfgang Kohler, Kurt Koffka e Max Wertheimer. Este ultimo publicou um trabalho em 1912 entitulado “ Movimento aparente” que iniciou a difusão das idéias da Gestalt.


Os psicólogos da Gestalt se interessavam em compreender a percepção, o pensamento e a resolução de problemas. Eles acreditavam que a psicologia devia estudar as experiências subjetivas conscientes das pessoas e encorajavam também o uso de métodos objetivos. Como o humano percebia e como selecionava ( teoria perceptiva da Figura-Fundo) a sua experiência e se relacionava com esta, foi descrito e estudado pela Gestalt.

O movimento da Gestalt foi forte e solidário, sua filosofia traçou a direção da psicologia na Alemanha e, mais tarde, influenciou a psicologia norte-americana (sobretudo no estudo da percepção). Vários enfoques contemporâneos mostram a marca inconfundível da psicologia da Gestalt     ( entre estes o humanista e o cognitivo). (HEIDBREDER, 1981)
Em paralelo ao movimento da Gestalt, surge outro movimento na Europa que veio a se tornar um dos mais conhecidos e difundidos na historia da psicologia, o movimento Psicanalista.

Sigmund Freud (1856-1939), medico, neurologista vienense se especializou no tratamento de problemas do sistema nervoso e em particular de desordens neuróticas. Mas Freud estudou e refletiu muito a cerca do processo inconsciente. Por processo inconsciente Freud, referia-se às crenças, medos, desejos e angustias dos quais as pessoas não tem consciência, mas que independente disso influenciam o comportamento humano. Freud estudou profundamente os processos mentais (Inconsciente, Consciência e Prê-Consciencia / Id, Ego e Superego ) e fez toda uma teoria e tratamento baseado nas suas descobertas.


A teoria psicanalítica criou uma revolução na concepção e tratamento dos problemas emocionais e gerou interesse entre os psicólogos acadêmicos pela motivação inconsciente, a personalidade, o comportamento anormal e o desenvolvimento infantil. ( ATKINSON, 1995)


As idéias psicanalíticas ainda se encontram muito vivas atualmente, tanto em sua forma original como nas numerosas modificações que sofreram. Vários movimentos e ramificações ocorreram a partir da Psicanálise...assim como varias ramificações cresceram e se atualizaram a partir das idéias Behavioristas, da Gestalt, do Funcionalismo e do Estruturalismo.


Temos atualmente uma infinidade de psicólogos, cada qual com sua linha de pensamento:seja psicanalista, seja gestaltista, comportamental, existencialista, humanista,neobehaviorista, cognitivista e assim por diante. A ciência da psicologia continua a crescere a mudar, e não pode ainda ser colocada dentro de uma forma única. Embora ospsicólogos contemporâneos raramente sigam movimentos específicos, eles discordam emalguns pontos filosóficos fundamentais e abordam a psicologia de modos claramentedistintos.


Isso podemos verificar de forma clara na visão global da psicologia subdividida em quatromovimentos ou forças. COELHO (1997) relata que, por a psicologia ter passado por muitastransformações desde seu surgimento, ela é, em alguns livros de psicologia ou emalgumas áreas, principalmente a clinica, definida por quatro movimentos ou forçasdiferentes. Estas, diferem entre si por sua visão de mundo e de homem. São elas:  

Primeira Força da Psicologia – o Movimento Behaviorista. Neste temos como visão demundo a premissa que, o meio ambiente é o determinante do comportamento. Seu objetode estudo é o comportamento.Tudo segue o principio da causalidade, não existindofenômeno sem causa, e esta causa se encontra no meio ambiente. A visão de homem éobjetivista e materialista, sendo o homem um organismo passivo, manipulado pelosestímulos do meio, todo e qualquer comportamento deste é produto do meio ambiente.Entre os principais representantes deste movimento temos: John Watson, B. F. Skinner,E. C. Tolman e outros

Segunda Força da Psicologia – o Movimento Psicanalítico. Por enfocar seu estudo noinconsciente, este movimento relata a existência do determinismo psíquico, ou seja, todo equalquer evento mental é determinado por algum outro evento psíquico que o procedeu.Assim o determinante do nosso comportamento e ações conscientes é inconsciente. Navisão de homem temos um organismo irracional, governado, manipulado por forças ocultas,instintivas, que ele desconhece. Entre os principais representantes deste movimentotemos: S. Freud, M. Klein, J. Lacan, W.Bion, S.Ferenczi, D.Winnicott e outros.


Terceira Força da Psicologia – o Movimento Fenomenológico Existencial/ Humanista. Oobjeto de estudo é a consciência. Nega qualquer determinismo, acreditando na liberdadede escolha. As ações humanas são livres, revelando uma intenção e um propósito. Ohomem é a fonte de todos os seus atos, ele é essencialmente livre para fazer suasescolhas e o ponto central é a sua consciência. Entre os principais representantes destemovimento temos: Rollo May, Maslow, Rogers, Perls, e outros.

Quarta Força da Psicologia – o Movimento Transpessoal. É a primeira corrente dapsicologia contemporânea que dedica atenção privilegiada à dimensão espiritual daexperiencia humana. Seu objeto de estudo são os estados alterados de consciência,obtidos através de uma ampliação da consciência. O termo transpessoal significaultrapassar ou transcender a personalidade. A preocupação principal deste movimento éenfocar ou acessar e inclusive provocar os estados alterados e ampliados de consciência.Entre os principais representantes deste movimento temos: W. James, C. G.Jung,Maslow, S. Grof e outros.


Mas apesar de tantas informações o leitor pode vir a se perguntar: Qual o significado e abrangência atual da palavra psicologia? O que ela estuda e com que ela se ocupa? A psicologia está inserida no mercado de trabalho? Como seria a profissão da psicologia, hoje?


Atualmente, como nos descreve ATKINSON (1995) a psicologia pode ser definida como o estudo cientifico do comportamento e dos processos mentais. Ou ainda, como sugere SIMÕES & TIEDEMANN (1985) a psicologia aborda diversos assuntos, como bases fisiológicas do comportamento, desenvolvimento psicológico, aprendizagem, percepção, memória, motivação, emoção, inteligência, linguagem e pensamento, personalidade, psicopatologia, influencias sociais sobre o comportamento e outros.


SILLAMY (1996) numa referencia às funções do psicólogo fala que estas são muitas, ainda mais dentro da psicologia aonde as áreas e abordagens são diversas. Mais tradicionalmente o psicólogo participa do diagnostico (testes, entrevistas, jogos terapêuticos), tratamento (atendimento, consultas, intervenções) e do desenvolvimento da pessoa (conselhos, apoio, psicoterapia). Freqüentemente, também tem atividades de prevenção, informação, formação e pesquisa.


FIGUEIREDO (1991), explica que a profissão de psicólogo esteve inicialmente muito ligada aos problemas de educação e trabalho. O psicólogo “aplicava testes” para selecionar o “funcionário certo, para o lugar certo”, para classificar o escolar numa turma que lhe fosse adequada, verificar o “Q.I.” dos alunos, treinar funcionários...etc. Hoje quando se fala em psicologia o leigo logo pensa no psicólogo clinico. Embora durante muitos anos esta especialização nem existisse legalmente ( pois como a própria psicologia, esta área de atuação teve que conquistar seu espaço na ciência ), atualmente é a principal identidade do psicólogo aplicado ( aplicado em alguma área de atuação). Na Psicologia do Trabalho ou Escolar o psicólogo atua como o profissional que busca humanizar o ambiente, tornando-o saudável e eficiente em sua função. Cada psicólogo ira se especializar, “ se aplicar” em uma área especifica de atuação. Sua função será de psicólogo, mas as técnicas, métodos, teorias e população que ira estudar e com que ira trabalhar em cada área irão diferir um pouco umas das outras.


Com base em DAVIDOFF(1983) serão descritas as principais especialidades ( ou áreas deaplicação da psicologia ), deixando claro que estas não são as únicas, mas a partir destashouveram e haverão atualizações e ramificações constantemente:


Psicólogo Clinico – Avalia e trata de pacientes com problemas psicológicos. Pode atuarcomo uma pessoa que promove o auto-conhecimento de seus pacientes. Realizapesquisas sobre comportamento normal e anormal, diagnostico e tratamento


Psicólogo Orientador – Aconselha pacientes com problemas ligeiros de ajustamento epromove o aperfeiçoamento nos meios educacionais e de trabalho. Combina pesquisa,consulta e tratamento. Temos atualmente nesta especialidade o Supervisor, um psicólogoque, através de seu conhecimento teórico e pratico orienta outros grupos de psicólogos ouprofissionais da saúde em suas atividades.


Psicólogo Experimental – Planeja e realiza pesquisas em áreas especificas , tais comoaprendizagem, sensação, motivação, linguagem ou bases fisiológicas do comportamento.


Psicólogo Escolar – Promove o desenvolvimento intelectual, social e educacional decrianças nas escolas. Trabalha com alunos e escola visando o ensino-aprendizagem.Estabelece programas e consultas, efetua pesquisas, treina professores e faz uma analisecritica do sistema educacional como um todo.


Psicólogo Organizacional ( atualmente Psicólogo do Trabalho ou Profissional daárea de Recursos Humano / RH ) – Combina o desenvolvimento de pesquisa, consulta eprogramas para aprimorar a eficiência, a satisfação e a Ética no emprego. Trabalha visandoa saúde mental do trabalhador. Humaniza a industria. Hoje em dia o foco deste psicólogo éprincipalmente o Ser Humano dentro do contexto organizacional ( como estes seinterrelacionam, convivem e se estao em equilíbrio ou não )


Psicólogo social ( Psicologia Preventiva ) – Estuda como as pessoas se influenciam ese relacionam umas com as outras. Trata de pessoas com problemas psicológicos no seioda comunidade. Promove ação comunitária e desenvolve programas para melhorar a saúdemental


Psicometrista ( atual Psicodiagnosticador ) – Desenvolve e avalia testes, planejapesquisas para estudar e compreender o comportamento e as funções mentais.Atualmente esta especialidade tem tido pouca repercussão por ser muito restrita e atendência e que ela deixe de existir como especialidade para complementar outrasespecialidades.


Alem disto tem surgido variações e especializações como: Psicologo do Esporte, Psicologia do Transito, Psicologia da economia, Psicologo hospitalar, Neuropsicologia, entre outros.


Pode-se perceber claramente que varias destas especialidades estão muito ligadas entre si (como a psicólogo clinico, o orientador e o psicometrista). Poder-se-ia resumir a psicologia em principalmente quatro especialidades fundamentais: a Psicologia Clinica, a Psicologia do Trabalho, a Psicologia Escolar e a Psicologia Preventiva ou Social.


A partir destas, surgem e surgirão varias novas formas de fazer, estudar e aplicar a psicologia - como exemplo disso temos atualmente a Psicologia do consumidor, do esporte, do turismo, jurídica entre tantas outras que são frutos gerados a partir da Psicologia Clinica , Psicologia do Trabalho, Psicologia Escolar e da Psicologia Social.


No Brasil tem-se todas estas vertentes, variações e transformações em psicologia...ainda assim seria interessante relatar o surgimento da psicologia neste pais de forma sucinta, pois esta segue os modelos históricos já existentes e, aqui relatados, dos países Europeus e Norte-Americanos. Segundo Antunes ( 1999 ), a preocupação com os fenômenos psicológicos faz-se presente no Brasil desde os tempos da colônia, aparecendo em obras escritas nas diferentes áreas do saber ( teologia, pedagogia, medicina e filosofia – nestas obras vários assuntos relativos aos fenômenos psicológicos são tratados, assim como o são as possibilidades de sua utilização para fins práticos ), mais tarde, durante o século XlX, em produções advindas de instituições como faculdades de medicina, hospícios, escolas e seminários ( Por exemplo, a USP, o Hospital psiquiátrico Franco da Rocha, foram os pioneiros no uso da psicologia como forma de ciência ).


O período que vai da ultima década do século XlX à terceira década do século XX, no Brasil, foi o momento histórico em que a psicologia alcançou sua autonomia em relação às outras áreas do conhecimento ( tais como Medicina, Filosofia...). Em 27 de agosto de 1962, após a Lei 4119, a psicologia foi regulamentada como profissão no Brasil e se estabeleceu o currículo mínimo do curso.


A psicologia tem sua base na filosofia, e por esse motivo dificilmente terá uma forma única e definida - sempre estará questionando, refletindo, criticando o mundo que a cerca e a si mesma. As possibilidade em psicologia são infinitas, assim como o é o Ser Humano.


Como nos é dito pela revista PSI ( 2002), temos hoje uma psicologia voltada para o social em todas as suas camadas, rompendo com a tradição  compromisso com as elites brasileiras. A psicologia tem clareza, atualmente, de que as condições de vida a que estão submetidos a maioria da população brasileira são fontes geradoras de sofrimento psicológico.            


Por isso cabe ao psicólogo, seja este especialista em prevenção, clínica, escola, empresa ou outros, engajar-se na constante busca e reflexão das ações humanas e sociais em todos os campos. Aliando seu saber à ética profissional.


Finalizando, gostaria de citar um trecho escrito por BOCK ( 1997) : “ Um psicólogo em movimento. Essa deve ser a nossa meta. Um psicólogo aliado da transformação social, do movimento da sociedade e dos interesses da maioria da população. Um psicólogo inquieto, conspirador, que saiba estranhar aquilo que na realidade se torna tão familiar que chega a ser pensado como natural ( tal qual a banalização da violência nos dias atuais ). Um psicólogo impermeável às inovações que aceite o desafio de, coletivamente, produzir alternativas à psicologia tradicional”



FREUD E A PSICANÁLISE



 FREUD - BIOGRAFIA
Neurologista e psiquiatra austríaco, fundador da psicanálise. Sigmund Freud, nasceu a 6 de Maio de 1856, em Freiburg, e morreu em Londres a 23 de Setembro de 1939. Aos 4 anos partiu com a sua família para Viena, onde passou a maior parte da sua vida. Quando terminou os seus estudos secundários, optou pelo curso de medicina, tendo assim decidido após leitura de um ensaio de Goethe sobre a natureza. Em 1873 ingressou na universidade, sofrendo restrições devido à sua condição de judeu. De 1876 a 1882 trabalhou no laboratório de fisiologia com Ernest W. von Brucke (1819/1892), concentrando-se em pesquisas sobre a histologia do sistema nervoso. A essa altura, já revelava grande interesse pelo estudo das enfermidades mentais, bem como pelos métodos utilizados no seu tratamento.
A necessidade de ganhar a vida obrigou-o a abandonar a pesquisa e a dedicar-se à clínica psiquiátrica. Sentindo as limitações de Viena em relação às possibilidades de aprefeiçoamento, concebeu o plano de viajar para Paris, a fim de assistir aos cursos proferidos por Jean Martin Charcot (1825/1893). Para tal, dispôs-se a conseguir o título de Duzent em neuropatologia, título que obteve em 1885. No mesmo ano conseguiu uma bolsa para um período de especialização em Paris. Pouco antes, em 1884, dedicava-se à pesquisa das propriedades de um alcalóide, então pouco conhecido - a cocaína. A necessidade de rever a noiva, de quem se afastara havia dois anos, obrigou-o a interromper as investigações, que entregou a dois colegas, um dos quais, Carl Koller (1857/1944), que veio a descobrir as propriedades anestésicas do alcalóide. Significativa, ainda, foi a sua experiência como assistente de Theodor H. Meynert (1833/1892), iniciada em 1833.
A permanência de Freud em Paris teve para ele grande importância. Segundo o seu próprio relato, foi Charcot que lhe chamou a atenção para as relações existentes entre a histeria e a sexualidade, tese de que nunca abriu mão. Por ocasião de sua estadia com Charcot, concebeu o plano de um trabalho destinado a distinguir as paralisias orgânicas das histéricas. A ideia central era demonstrar que, na histeria, as paralisias e as anestesias das diversas partes do corpo são delimitadas segundo a representação popular, isto é, não anatómica que o leigo formula. A tese de Charcot, de que a histeria não representava enfermidade exclusiva da mulher, foi, por igual, inteiramente absorvida por Freud, valendo-lhe violentas críticas dos meios médicos de Viena, quando a expôs, logo após o seu regresso.
A preocupação de se aperfeiçoar no uso da técnica da hipnose levou-o a procurar estágio em Nancy, junto de Hyppolyte Bernheim (1837/1919). As influências que recebeu revelaram-se extremamente significativas, justificando-se a sua afirmação de ser herdeiro legítimo da chamada escola de Nancy. Alguns dos seus achados mais importantes, produzem-se sob a inspiração dos experimentos realizados por Bernheim, incluindo-se entre eles o conceito de resistência.
O período que se estende de 1882 a 1896 é marcado por intensa colaboração com Joseph Breuer (1842/1925), que criara um método catártico e descobrira a íntima relação existente entre os sintomas histéricos e certos traumatismos de infância. Freud absorveu as contribuições de Breuer, com ele publicando dois trabalhos, dos quais o mais célebre foi o intitulado "Studien uber Hysterie" (1895; "Estudos sobre a Histeria").Em 1896, Freud rompeu com Breuer e a seguir estabeleceu cooperação com Wilhelm Fliess (1858/1928), com quem igualmente romperá por volta de 1900.

INTRODUÇÃO
Neste trabalho vamos expôr a teoria psicanalítica de Freud, com o intuito de termos um conhecimento um pouco mais aprofundado sobre este assunto.
Faremos uma referência sobre a vida de Freud.
Quanto à sua teoria, referiremos as suas influências e antecedentes, falaremos da sua teoria e dos métodos utilizados, das suas contribuições e limitações.
De uma maneira breve, falaremos de alguns dos seus seguidores mais importantes.
 
ANTECEDENTES E INFLUÊNCIAS
 
Os dados que em seguida vão ser apresentados, contribuiram para o aparecimento e desenvolvimento da psicanálise, pois foram estes que influenciaram Freud (considerado o grande fundador da psicanálise), levando-o a desenvolver toda a sua doutrina. Freud explorou um campo em psicologia que nunca havia sido explorado - o inconsciente - apresentando pela primeira vez uma visão dinâmica do psiquismo. No entanto, há que referir que Freud definiu gradualmente o conceito de inconsciente, e para essa definição contribuiram diversos trabalhos e experiências realizadas por médicos e psicólogos, os quais Freud teve oportunidade de conhecer.
Não se pode dizer que a ideia de inconsciente tenha surgido só com Freud, pois já em 1647, Descartes admitiu que certos acontecimentos dos quais não tomara conhecimento na altura da sua ocorrência pudessem influenciar os seus comportamentos futuros. Também Leibniz, uns anos mais tarde defendeu a existência de uma série de percepções das quais o ser humano não se apercebe. Estas duas opiniões denunciam já a existência da algo inerente ao homem (que o próprio homem desconhece), que mais tarde viria a ser denominado inconsciente.
Só no século XX, é que os psicólogos começaram realmente a interrogar-se sobre a possibilidade da existência de fenómenos psíquicos dos quais não se tem consciência.
O filósofo e psicólogo Ribot e o médico Pierre Janet, através de experiências no campo da psicopatologia, conseguiram demonstrar a existência de actividade psíquica não consciente (conseguiram que em alguns dos seus pacientes, se manifestassem, em vigília, comportamentos que anteriormente foram sugeridos sob hipnose).
Jean Martin Charcot, foi um neurologista e professor, que exerceu uma grande influência sobre Freud. Sabia-se que determinados acontecimentos na vida do sujeito lhe podiam causar perturbações no comportamento. Charcot havia explicado essas pertubações com base em doentes, vítimas de "paralisia histérica" (paralisia devida a uma causa não orgânica). Segundo ele, a causa da paralisia não seria o acontecimento em si, mas a lembrança que o sujeito teria desse mesmo acontecimento. Este facto fazia dislumbrar a hipótese de um possível tratamento psicológico, dado que a lembrança actual do doente podia ser provavelmente modificada pelo médico. Janet levou a cabo trabalhos com o objectivo de confirmar a hipótese levantada por Charcot. Janet analisou as perturbações dos seus doentes, e verificou que, por vezes, o paciente não estava consciente da recordação traumatizante e só depois de o hipnotizar conseguia ter acesso ao acontecimento responsável pela perturbação. Charcot foi também o responsável pela modificação de ideias aceites até ao século XIX. Uma delas foi definida por Hipócrates (século V a.C.), que afirmava que a histeria consistia numa série de perturbações variadas, relacionadas com a sexualidade feminina.
Outra ideia que vigorou até ao século XIX, era o facto de se julgar que as perturbações psíquicas eram devidas a lesões no sistema nervoso. Perante isto, Charcot realizou uma série de experiências e um estudo clínico sobre a histeria no Hospital de Salpêtrière, conseguindo eliminar esta última através da hipnose. Ele defendia, portanto, que a histeria não era especificamente feminina e não tinha uma causa orgânica. Foi ainda com Charcot, que as neuroses ganharam identidade. Ele definiu-as como doenças funcionais do sistema nervoso, e como tal era necessário descobrir as forças psíquicas envolvidas.
Freud foi um dos responsáveis por dar continuidade ao estudo das neuroses, através da sua dinâmica analítica. Adquiriu ainda vários conhecimentos com Charcot a respeito da hipnose e da histeria, aquando do seu estágio no Hospital de Salpêtrière.
Hippolyte Marie Bernheim foi um grande psicoterapeuta que influenciou Freud na utilização da hipnose como método terapêutico. Uma das experiências que Bernheim executou e à qual Freud teve a opurtunidade de assistir, foi muito significativa para a elaboração do conceito de inconsciente. A experiência foi a seguinte: Bernheim sugeriu, sob hipnose, a um seu paciente, que no dia seguinte e a uma dada hora, voltasse com um guarda-chuva e o abrisse na sala à frente de todos. No dia seguinte, o paciente voltou e cumpriu rigorosamente as instruções, que sob hipnose lhe haviam sido dadas na véspera; apercebendo-se do que estava a fazer, logo tentou espontaneamente justificar-se, alegando que trouxera o guarda-chuva por considerar o tempo instável, o que não correspondia à realidade, e que o abrira para verificar o seu estado de conservação. Esta experiência sugere que as ideias produzidas em camadas profundas da mente humana, das quais o sujeito não se lembra, mantenham a sua força e influenciem o comportamento observável.
Apesar de todas as influências atrás mencionadas, vai ser com Joseph Breuer que Freud vai aprofundar os seus conhecimentos, publicando em conjunto "Estudos sobre histeria". Breuer era um fisiologista, que utilizava a hipnose como terapia, e entre os seus pacientes encontrava-se uma jovem, Anna O.. que sofria de graves perturbações histéricas. As observações feitas por Breuer, neste caso, também contribuiram para a formação de ideias que constituem a base da psicanálise. Anna O. apresentava diversos sintomas entre os quais mencionamos os seguintes: contrações, paralisia de diversos membros, tosse nervosa, impossibilidade de beber e de ver, esquecimento do seu idioma (alemão), entre outros. Breuer verificou que a paciente quando se encontrava em crises de confusão mental, proferia frases que pareciam traduzir a emergência de sentimentos opostos. Então, Breuer quando a hipnotisava repetia-lhe as frases que ouvira anteriormente, e como resultado desta experiência ele obteve o relato de sentimentos que a doente sentira no passado e que não admitia ter tido. Assim, a paciente, ao verbalizar os sentimentos culposos, durante a hipnose, que eram responsáveis pelo aparecimento dos sintomas, conseguia que estes fossem desaparecendo progressivamente.
Outro exemplo relativo ao aparecimento de sintomas é o da incapacidade de beber, que Anna O. apresentava. Este sintoma desapareceu quando a paciente relatou a Breuer uma situação em que havia visto um cão de uma pessoa que ela não gostava a beber por um copo, o que lhe causou uma grande repugnância.
Freud, com base nestes dados, considerou que a histeria seria provocada pela retenção no inconsciente do doente, de lembranças traumáticas. Dado o seu carácter penoso, estas recordações seriam reprimidas, não se podendo exprimir. A energia bloqueada manifestar-se-ia em vários sintomas.
Os factos atrás mencionados, permitiram que a noção de inconsciente se fosse deitando aos poucos na cabeça de Freud. Este conceito é considerado básico para a compreensão da psicanálise. O inconsciente seria, portanto, uma zona do psiquismo não acessível à memória consciente. Neste ficariam gravados factos aparentemente esquecidos, que estariam reprimidos, mas manteriam toda a sua potencialidade, causando sintomas diversos e influenciando comportamentos futuros.
O simbolismo é outro conceito da psicanálise que pode ser "observado" no caso de Anna O.. Os sintomas que Anna apresentava eram representações simbólicas de acontecimentos ou conflitos reprimidos. Apresentamos como exemplo, o facto de ela não querer chorar à frente do pai (quando este se encontrava doente), para não o preocupar, o que se traduziu na incapacidade para ver. Verifica-se, portanto, que o conflito reprimido se ma

TEORIA DE GESTALT E AS LEIS DA PERCEPÇÃO


As leis de organização da Gestalt têm guiado os estudos sobre a forma como as pessoas percebem componentes visuais como padrões organizados ou conjuntos, ao invés de suas partes componentes. Gestalt é uma palavra alemã que significa "configuração" ou "padrão". De acordo com essa teoria, há seis factores principais que determinam como nós agrupamos coisas de acordo com a percepção visual.

 

 

Proximidade

Os objectos mais próximos entre si são percebidos como grupos independentes dos mais distantes. Na figura abaixo há quatro grupos, sendo que os três grupos da direita ainda podem ser agrupados entre si, distinguido-se do grupo da esquerda.

 

Fechamento

Os nossos cérebros adicionam componentes que faltam para interpretar uma figura parcial como um todo.





Simetria

Elementos simétricos são mais facilmente agrupados em conjuntos que os não simétricos. Na figura abaixo as duas figuras da esquerda, simétricas são mais facilmente percebidas como um grupo, que o par da direita, em que uma das figuras não é simétrica.





Similaridade ou semelhança

Objectos similares em forma ou tamanho ou cor são mais facilmente interpretados como um grupo. No desenho abaixo, os círculos brancos e pretos parecem agrupar-se, mesmo que a distância entre as filas sejam iguais.




Destino comum

Elementos movendo-se no mesmo sentido são mais facilmente agrupados entre si.

Consulta o link para ver o efeito – clica aqui.

 


Continuidade

Uma vez que um padrão é formado, é mais provável que ele se mantenha, mesmo que seus componentes sejam redistribuídos.
Também já foi demonstrado que certas diferenças individuais, como a acuidade visual ou habilidades espaciais também podem afectar a percepção visual. Há também outros factores que podem influenciar a interpretação das coisas vistas, como a personalidade, estilos cognitivos, sexo, ocupação, idade, valores, atitudes, motivação, crenças, etc.
É o complemento de uma ideia sugerida pelo autor da propaganda despertando em quem vê, o desejo de possuir objecto. É o estímulo que o cérebro recebe para imaginar como o comercial seria completado se bem elaborado cria a necessidade do consumidor.
Os consumidores tendem a perceber os objectos como o todo e o cérebro da continuidade ao que está incompleto. A percepção é a imagem mental que se forma com a ajuda das experiências e das necessidades. E o resultado de um processo de selecção é interpretação das sensações.

Ex: Quando lemos algumas frases, logo completamos com o que vem em seguida:
Água mole em pedra dura........... (tanto bate até que fura)
Quem nasce torto .................... (tarde ou nunca se endireita)
Em casa de ferreiro............................ (espeto de pau)


Outro exemplo: nas imagens percebemos melhor uma boa linha de contorno contínuo